sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Um Não ao SIM

Um Não ao SIM

Como é de conhecimento de poucos e esquecimento de muitos, o Projeto SIM idealizado em 2007 por nosso Arcebispo Dom Joviano, que tem por objetivo principal criar uma ação evangelizadora e missionária permanente, não caiu no gosto sacerdotal, e por conseqüência não enraizou-se no laicato de nossa Igreja.
É engraçado como os comentários em torno deste Projeto têm sido um tanto quanto equivocados, denomino engraçado porque através de uma cultura teológica pertinente a poucos tentam deturpar, não um simples projeto criado por esmero perfeccionista, mas sim um projeto de vida e de assumir-se perante a Igreja como verdadeiros filhos e filhas de Deus.
Na sua concepção extraordinária faz-se um convite para que todos nós repensemos o nosso ardor missionário, e ainda nos convida a refletir sobre questões caóticas, como a nossa catequese. O Projeto SIM convida a todos, sacerdotes e leigos, a sair do comodismo que se instaura em nosso meio e irmos até os mais necessitados, ou seja, aqueles que precisam verdadeiramente da Igreja. “Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”. (Mc 2,17).
Diante dessa realidade e dessa grande verdade, os comentários sobre o Projeto que acima julgo engraçado, torna-se para mim de profunda tristeza. Ao deparar-me com essa proposta e porque não dizer reproposta batismal encantei-me, porque pude, sobre a luz do Evangelho, perceber o quão rico poderia e pode ser a adesão do mesmo em nossas vidas, mas como disse, isso requer coragem, fé, missionariedade e exclusão de nosso comodismo, de nossa realidade egoísta, hipócrita e falseada.
Não devemos portanto desistir de evangelizar, e assumir este SIM, mesmo que porventura o Projeto SIM tenha seu nome eximado, ou até mesmo seja recluso de nossa realidade e de nossa Igreja Particular, pois se atendermos, enterdemos e compreendermos o significado e o tesouro que é nosso Batismo automáticamente estaremos aceitando em nosso meio esse Projeto, ainda que “abafado”, pois ele é para nós convite à conversão, ao aceitar-se como missionários de Deus e pregadores de Vossa Palavra.
Ainda que alguns de nossos sacerdotes, disseram não a este SIM, ainda que nossos leigos compartilhem dessa mesma basbaquice, o Amor de Deus se exala e perpetua nos corações dos verdadeiros cristãos, e em quanto puder, viver e Deus me der a capacidade de ciência e consciência serei ferronhemente crítico aos que derem não a este SIM, ao projeto de Deus e ao nosso Batismo.
Quero salientar e interpor que a criação do Projeto SIM, ou melhor, o nossa missionariedade reproposta por este, não significa que antes nada fosse feito, tão pouco deixa espaço para crermos que nenhum trabalho antes desse foi em vão, na verdade a inversão de valores, a sacramentalidade vendida, esvaída e “estrelar”, o comodismo e a situação exarcebada de egoísmo e prepotência fez com que fosse idealizado e proposto, e justamente pelo amor e pela fé que tenho na Santa Igreja Católica, Apostólica e Romana é que não deixarei de lutar pelo SIM, pois não me canso de Ser Igreja em Missão.