quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ser criança: passagem ou eternidade?

Quando crianças tornamo-nos escravas do mundo pelo simples fato de não compreender as regras, pois somos submetidos a ela. Com o passar dos anos crescemos e através de nosso conhecimento, obtido no transcorrer dos tempos, passamos a compreender as regras e obedecê-las. Todo esse processo nos “liberta” desta escravidão e nos permite caminhar interligados a estas regras, que agora compreendemos e está compreensão nos faz justos.
No entanto nesta mesma caminhada surgem pequenos obstáculos e faz com que nós “pobres mortais” nos dissuadimos de nossos propósitos, melhor dizendo, de nossas regras. Está escolha nos coloca na posição de injustos, de escravos do mundo, pois essa despersuasão nada mais reflete que a nossa falta de compreensão das regras, é como se voltássemos a ser crianças; somos submetidos a ela, mas não a obedecemos.
Portanto cabe a cada um de nós decidirmos nossos passos, de vivermos como adultos, mantenedores das regras e fiéis a mesma, ou continuarmos eternas crianças, onde conquistamos a liberdade, mas infelizmente como crianças, prostráramo-nos como eternos escravos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Um futuro, não muito distante...

Um dia nossos filhos e netos perguntarão por que o mundo está assim, de cabeça para baixo, e as únicas respostas que encontraremos serão pedidos de desculpas, pois o mundo está assim por nossa culpa. A cada instante perdemos valores, perdemos nosso caráter e nossa personalidade... Deixamos que o mundo desabe e o que fazemos? Continuamos a perfurá-lo, pois queremos vê-lo em seu estado mais crítico, para quem sabe bater mais um record, ou ouvir em noticiários que chegamos em nosso estado mais crítico de todos o tempos.
Bem, posso estar enganado, pode ser que nossos filhos e netos não nos perguntarão o porquê da situação do mundo, simplesmente porque provavelmente eles não existirão...
Sei que muitos dirão que sou ou estou pessimista em relação ao futuro, e direi... Futuro? Que futuro? Como progrediremos em estado estável sendo que aqueles que ainda possuem personalidade e consciência não colocarão neste mundo criaturas para que sofram conseqüências de nossos atos impetuosos... E aqueles que fazem brotar "vidas", em momentos de despersonalização dizem que foi um erro, uma desgraça e que não queriam que isso acontecesse... Daí em diante, ou optam por aborto ou jogam dados e lançam seus "filhos" como marginais neste ambiente onde vivem aberrações humanas... Onde nós vivemos...

domingo, 25 de janeiro de 2009

PACIÊNCIA

Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara tua alma para a provação; humilha teu coração espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te pertubes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça। Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo caminho da humilhação. Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o teu temor a ele até a velhice. (Eclo 2, 1-6).

Que sejamos justos uns com outros, que nossas atitudes não sejam cicatrizes, mas seja esperança... que cada gesto ofertado seja guiado pelo amor incondicional de nosso Senhor Jesus Cristo. Que essa nova etapa não seja somente mais uma, mas que permaneça e seja verdadeira... que cresçamos e ajudemos aos outros a crescerem também... sejamos fiéis, tenhamos fé e acreditemos no plano de Deus em nossa vida.
Que todos possam contribuir para esse trabalho, e aqueles que remam contra a maré que caem por terra e somente permaneça de pé aquele que for justo e verdadeiro... A todos do grupo missionário João Paulo II uma boa caminhada, que sigamos e permaneçamos com DEUS...
AMÉM

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Aos ímpios

Que Deus me permita falar como eu quisera, e ter pensamentos dignos dos dons que recebi, porque é ele mesmo quem guia a sabedoria e emenda os sábios, porque nós estamos nas suas mãos, nós e nossos discursos, toda a nossa inteligência e nossa habilidade; foi ele quem me deu a verdadeira ciência de todas as coisas, quem me fez conhecer a constituição do mundo e as virtudes dos elementos. (Sabedoria 7,15–17).

É triste e causa-me náuseas pensar que muitos fazem de suas “obras” degraus para crescimento de monstros intolerantes e patéticos. É triste notar nos discursos de uns e outros o tom irônico e descabido para defender causas que não valham à pena, para atingir os que só querem algo que seja diferente, algo que inove e traga a muitos o real prazer de fazer algo válido, verdadeiro, sincero e transformador. Às vezes me canso de apenas escutar e não ter a devida coragem de dizer o que os hipócritas deveriam ouvir. Canso-me de ver em pleno século XXI pessoas que usam seus dons para manipular “pequenos notáveis” que se autodestroem em um estalar de dedos, defendendo causas e interesses que não lhes cabem.
Sei que não sou o dono da verdade e que não sou santo, e não tento ser, mas sei também que ajo conforme meu coração, de acordo com a verdade daquele se faz presente no meio de nós, de acordo com aquele que é o “caminho, a verdade e a vida”...
Não sei se conseguirei caminhar por muito tempo, o que sei é que acredito na minha caminhada e não vão ser “apanhadores de sonhos” que vão impedir-me de atingir um só ideal que é o próprio Cristo.
Não escrevo tudo isto para atingir os bem aventurados, escrevo para atingir os ímpios, escrevo para desabafar, e simplesmente ficar em paz sem temer que muitos não saibam o que sinto e como bom cristão denunciar, ainda que indiretamente, injustiças daqueles que se dizem católicos.
Cansei de lutar por uma fé sem obras que me tira do nada e me leva para lugar nenhum, sou jovem, tenho meus interesses e ideais, e através de minha fé realizarei obras na minha vida e na vida de muitos, não farei obras fantasmas, obras que se somam a instituições e são insuficientes para preencher meu coração, sendo este o agente principal que oferta respostas e me faz crescer...

Reconhecendo-os

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências… A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer… Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

(Vinícius de Moraes)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Sinônimo de Amigo = "Babaca"

É... mais um ano que se inicia...
Para muitos uma vida nova, um olhar diferente, uma esperança de um ano realmente novo... As amizades continuam as mesmas, algumas somadas ao longo do tempo, outras subtraídas de um horizonte aparentemente saudável. Cuidamos de nossas palavras para que não sejam espadas, cuidamos de nossas atitudes para que não sejam cicatrizes...
Alguns nos entendem demais, outros no entanto nem sequer se dão ao trabalho de nos entender... é amigos, eternos amigos...
Existem aqueles ainda que separam tais "amigos" em termos diferentes... amigos de longe, amigos das horas ruins, das horas boas, amigos das noitadas... e esquecem que amigos são amigos simplesmente, nada mais do que isso, nem a menos do que isso...
Amizade não é aquilo que se dá esperando sempre receber algo em troca, ou simplesmente gestos de amizades... amizade é quando você se doa sem esperar respostas, elogios ou até mesmo amizade da outra parte... Ser amigo é doar-se, é ser voluntário... é ser muitas vezes aquilo que muitos chamam de "babaca"... e no meu dicionário amigo é sinônimo de babaca e eu com todos meus amigos sou um "babaca" feliz... não almejo mudanças, nem sequer trocar de amigos simplesmente por estar em 2009... almejo cultivar minhas amizades, crescer com meu amigos e ser neste ano muito "babaca"...