segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Aos ímpios

Que Deus me permita falar como eu quisera, e ter pensamentos dignos dos dons que recebi, porque é ele mesmo quem guia a sabedoria e emenda os sábios, porque nós estamos nas suas mãos, nós e nossos discursos, toda a nossa inteligência e nossa habilidade; foi ele quem me deu a verdadeira ciência de todas as coisas, quem me fez conhecer a constituição do mundo e as virtudes dos elementos. (Sabedoria 7,15–17).

É triste e causa-me náuseas pensar que muitos fazem de suas “obras” degraus para crescimento de monstros intolerantes e patéticos. É triste notar nos discursos de uns e outros o tom irônico e descabido para defender causas que não valham à pena, para atingir os que só querem algo que seja diferente, algo que inove e traga a muitos o real prazer de fazer algo válido, verdadeiro, sincero e transformador. Às vezes me canso de apenas escutar e não ter a devida coragem de dizer o que os hipócritas deveriam ouvir. Canso-me de ver em pleno século XXI pessoas que usam seus dons para manipular “pequenos notáveis” que se autodestroem em um estalar de dedos, defendendo causas e interesses que não lhes cabem.
Sei que não sou o dono da verdade e que não sou santo, e não tento ser, mas sei também que ajo conforme meu coração, de acordo com a verdade daquele se faz presente no meio de nós, de acordo com aquele que é o “caminho, a verdade e a vida”...
Não sei se conseguirei caminhar por muito tempo, o que sei é que acredito na minha caminhada e não vão ser “apanhadores de sonhos” que vão impedir-me de atingir um só ideal que é o próprio Cristo.
Não escrevo tudo isto para atingir os bem aventurados, escrevo para atingir os ímpios, escrevo para desabafar, e simplesmente ficar em paz sem temer que muitos não saibam o que sinto e como bom cristão denunciar, ainda que indiretamente, injustiças daqueles que se dizem católicos.
Cansei de lutar por uma fé sem obras que me tira do nada e me leva para lugar nenhum, sou jovem, tenho meus interesses e ideais, e através de minha fé realizarei obras na minha vida e na vida de muitos, não farei obras fantasmas, obras que se somam a instituições e são insuficientes para preencher meu coração, sendo este o agente principal que oferta respostas e me faz crescer...

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