Hoje pela manhã mais uma vez fui surpreendido pela devoção popular, o quão isso toca e aconchega o coração da gente, é algo que por sua vez se toca inexplicável, pois mesmo diante de coisas que aparentemente julgamos ser “tolas” ou um tanto quanto descabidas, mexem e movem nosso coração e nosso pensar.
As pessoas, principalmente as anciãs, demonstram por muitas às vezes esta devoção, algo comovente e que nos emocionam. Desta vez minha avó, que tem uma grande devoção no “Divino Pai Eterno”, bem como tem grande apreço ao Pe Robson, estava comentado sobre a morte de Amy Winehouse, falou ainda sobre as drogas ligando a morte da mesma ao poderio do demônio, alertando que precisamos rezar e que pelo “Divino Pai Eterno” tem alcançado grandes graças.
O modo e a forma de conduzir a sua crença, de demonstrar sua fé e ter por muitas vezes pensamentos que arrebatam à momentos divinos e de verdadeiros milagres me fez refletir, tendo em mente que no dia de ontem comemorou-se o dia dos avós. São 84 anos dedicados a seus filhos, netos, e todos os familiares, uma mulher preocupada com a boa vivência de todos, que experimentou a dor de perder um filho, a dor de perder seu companheiro e vive diariamente a rezar por todos, para que vivam e vivam intensamente.
Uma avó que nos pede para que sempre rezemos, uma mãe que se preocupa com a forma de viver de seus filhos, com a saúde, alimentação e até mesmo com as finanças. Esta é uma mulher que tenho e tomo como exemplo pelo simples fato, de que, em suas ações e em seu olhar eu vejo e encontro Cristo. Está é a mulher que me deparo diariamente à devoção popular, e diariamente me apaixono pela forma de crer e de viver.
Pode até ser que na devoção popular a verdade real seja “abafada”, mas com toda a certeza esta mesma devoção pulsa em muitas pessoas, faz acreditar na vida e nos seres humanos, faz transformar e modificar vidas, pois esta mesma devoção leva-nos a uma inocência cristã que é bonita de se ver e viver.
Agradeço a Deus por me dar a oportunidade de ter e viver com a minha avó e espero de coração que a devoção popular continue a existir, se isto fizer em nós pulsar mais forte o coração e nos torne eternos cristãos, ainda que inocentes.
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis". (Fernando Pessoa)
quarta-feira, 27 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
Um Grito de Socorro!
Sei que este título pode causar certa curiosidade ou ainda causar certa estranheza, mas é o que mais me parece conveniente e convincente a tantos fatos deturpados dentro da realidade de nossa amada Igreja. Há tantas coisas que acontecem e continuarão a acontecer porque simplesmente muitos de nossos sacerdotes e de nossos cristãos estão mortos porque “quem não ama permanece na morte” (Jo 3-14b). Estes se esquecem de seguir o maior dos mandamentos “amarmos uns aos outros” e há tantos outros fatos que acontecem, porque, muitos dos cristãos já não se importam em viver e amar como cristãos, se é que, algum dia chegaram a ser.
A cada dia que passa, são novos os fatos gritantes e aterrorizantes da falta de humanidade e de humildade de nós que somos irmãos em um mesmo Cristo Jesus. Toda esta realidade é vivenciada onde quer que estejamos, mesmo em nossa Igreja, em nossa comunidade, realidade que nós mesmos alimentamos ao simplesmente despejar no mundo os nossos sacramentos que se tornaram “tradicionalistas”.
O nosso batismo, bem como a maioria de nossos sacramentos são conquistados pela mera vontade, ou pelo fator inebriante de acompanharmos a tradição arcaica de nossas “famílias”. O resultado desta busca incessante por sacramentos, são por esmero e por deficiência cristã conjunta, é a realidade nua e crua que nós alimentamos diariamente.
Vivemos e nos deparamos em nossas comunidades, em comunhão com alguns sacerdotes, a venda de sacramentos, ou a obrigação de se “ter” sacramentos, isto tudo porque a vivência cristã, em comunidade e em amor se tornou menosprezante diante do dinheiro e mais cômoda para muitas de nossas comunidades católicas.
Pode até ser que esteja enganado, ou meramente equivocado, mais vejo em alguns de nossos sacerdotes e em alguns de nossos cristãos uma semelhança com alguns dos nossos variados políticos, que anseiam e desejam profundamente que vivamos na ignorância cotidiana, afinal o desconhecimento é o verdadeiro passo da conquista falseada que hoje muitos dos ordenados e eleitos preferem ao seu povo.
Não me privo de incluir-me a estes cristãos e tão pouco quero aqui apontar, julgar ou jogar pedras, pois assim como todos os homens também sou pecador a buscar o Reino de Deus, o que me incomoda e me deixa profundamente entristecido e deparar-me com situações onde as pessoas são deixadas de lado, quando os sentimentos já não importam e quando os sinais de Deus em nossas vidas são comercializados e servem de pedestais para elevar o “ego” de sacerdotes que não são comprometidos com o verdadeiro amor de Deus.
É intrigante o quanto destes sinais, gestos, sentimentos e até mesmo as pessoas se tornam descartáveis neste mundo, enraizado de grandes progressos, do imediatismo, do individualismo e de nosso egoísmo. Já é hora de nos “reposicionarmos”, de encararmos com mais seriedade a Igreja que Jesus Cristo quis e tanto amou, a Igreja que professamos a nossa fé, é hora de respeitarmos os limites uns dos outros, de sermos cristãos de verdade, pois antes de sermos amigos devemos estar atentos a ação de cristandade, ser cristão.
Irmãos e irmãs, estejamos atentos a ouvir o “grito de socorro” de nossa Igreja, sendo ela, aquela que devemos acolher e amar como nossa mãe, não sejamos omissos e tão poucos condizentes com a realidade que nos é imposta, sejamos cristãos o suficiente para assumirmos os grandes erros, cristãos que mesmo diante de escândalos e de inúmeras problemáticas encaram com amor a Igreja de Cristo.
“E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4, 24).
A cada dia que passa, são novos os fatos gritantes e aterrorizantes da falta de humanidade e de humildade de nós que somos irmãos em um mesmo Cristo Jesus. Toda esta realidade é vivenciada onde quer que estejamos, mesmo em nossa Igreja, em nossa comunidade, realidade que nós mesmos alimentamos ao simplesmente despejar no mundo os nossos sacramentos que se tornaram “tradicionalistas”.
O nosso batismo, bem como a maioria de nossos sacramentos são conquistados pela mera vontade, ou pelo fator inebriante de acompanharmos a tradição arcaica de nossas “famílias”. O resultado desta busca incessante por sacramentos, são por esmero e por deficiência cristã conjunta, é a realidade nua e crua que nós alimentamos diariamente.
Vivemos e nos deparamos em nossas comunidades, em comunhão com alguns sacerdotes, a venda de sacramentos, ou a obrigação de se “ter” sacramentos, isto tudo porque a vivência cristã, em comunidade e em amor se tornou menosprezante diante do dinheiro e mais cômoda para muitas de nossas comunidades católicas.
Pode até ser que esteja enganado, ou meramente equivocado, mais vejo em alguns de nossos sacerdotes e em alguns de nossos cristãos uma semelhança com alguns dos nossos variados políticos, que anseiam e desejam profundamente que vivamos na ignorância cotidiana, afinal o desconhecimento é o verdadeiro passo da conquista falseada que hoje muitos dos ordenados e eleitos preferem ao seu povo.
Não me privo de incluir-me a estes cristãos e tão pouco quero aqui apontar, julgar ou jogar pedras, pois assim como todos os homens também sou pecador a buscar o Reino de Deus, o que me incomoda e me deixa profundamente entristecido e deparar-me com situações onde as pessoas são deixadas de lado, quando os sentimentos já não importam e quando os sinais de Deus em nossas vidas são comercializados e servem de pedestais para elevar o “ego” de sacerdotes que não são comprometidos com o verdadeiro amor de Deus.
É intrigante o quanto destes sinais, gestos, sentimentos e até mesmo as pessoas se tornam descartáveis neste mundo, enraizado de grandes progressos, do imediatismo, do individualismo e de nosso egoísmo. Já é hora de nos “reposicionarmos”, de encararmos com mais seriedade a Igreja que Jesus Cristo quis e tanto amou, a Igreja que professamos a nossa fé, é hora de respeitarmos os limites uns dos outros, de sermos cristãos de verdade, pois antes de sermos amigos devemos estar atentos a ação de cristandade, ser cristão.
Irmãos e irmãs, estejamos atentos a ouvir o “grito de socorro” de nossa Igreja, sendo ela, aquela que devemos acolher e amar como nossa mãe, não sejamos omissos e tão poucos condizentes com a realidade que nos é imposta, sejamos cristãos o suficiente para assumirmos os grandes erros, cristãos que mesmo diante de escândalos e de inúmeras problemáticas encaram com amor a Igreja de Cristo.
“E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4, 24).
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