terça-feira, 26 de julho de 2011

Um Grito de Socorro!

Sei que este título pode causar certa curiosidade ou ainda causar certa estranheza, mas é o que mais me parece conveniente e convincente a tantos fatos deturpados dentro da realidade de nossa amada Igreja. Há tantas coisas que acontecem e continuarão a acontecer porque simplesmente muitos de nossos sacerdotes e de nossos cristãos estão mortos porque “quem não ama permanece na morte” (Jo 3-14b). Estes se esquecem de seguir o maior dos mandamentos “amarmos uns aos outros” e há tantos outros fatos que acontecem, porque, muitos dos cristãos já não se importam em viver e amar como cristãos, se é que, algum dia chegaram a ser.
A cada dia que passa, são novos os fatos gritantes e aterrorizantes da falta de humanidade e de humildade de nós que somos irmãos em um mesmo Cristo Jesus. Toda esta realidade é vivenciada onde quer que estejamos, mesmo em nossa Igreja, em nossa comunidade, realidade que nós mesmos alimentamos ao simplesmente despejar no mundo os nossos sacramentos que se tornaram “tradicionalistas”.
O nosso batismo, bem como a maioria de nossos sacramentos são conquistados pela mera vontade, ou pelo fator inebriante de acompanharmos a tradição arcaica de nossas “famílias”. O resultado desta busca incessante por sacramentos, são por esmero e por deficiência cristã conjunta, é a realidade nua e crua que nós alimentamos diariamente.
Vivemos e nos deparamos em nossas comunidades, em comunhão com alguns sacerdotes, a venda de sacramentos, ou a obrigação de se “ter” sacramentos, isto tudo porque a vivência cristã, em comunidade e em amor se tornou menosprezante diante do dinheiro e mais cômoda para muitas de nossas comunidades católicas.
Pode até ser que esteja enganado, ou meramente equivocado, mais vejo em alguns de nossos sacerdotes e em alguns de nossos cristãos uma semelhança com alguns dos nossos variados políticos, que anseiam e desejam profundamente que vivamos na ignorância cotidiana, afinal o desconhecimento é o verdadeiro passo da conquista falseada que hoje muitos dos ordenados e eleitos preferem ao seu povo.
Não me privo de incluir-me a estes cristãos e tão pouco quero aqui apontar, julgar ou jogar pedras, pois assim como todos os homens também sou pecador a buscar o Reino de Deus, o que me incomoda e me deixa profundamente entristecido e deparar-me com situações onde as pessoas são deixadas de lado, quando os sentimentos já não importam e quando os sinais de Deus em nossas vidas são comercializados e servem de pedestais para elevar o “ego” de sacerdotes que não são comprometidos com o verdadeiro amor de Deus.
É intrigante o quanto destes sinais, gestos, sentimentos e até mesmo as pessoas se tornam descartáveis neste mundo, enraizado de grandes progressos, do imediatismo, do individualismo e de nosso egoísmo. Já é hora de nos “reposicionarmos”, de encararmos com mais seriedade a Igreja que Jesus Cristo quis e tanto amou, a Igreja que professamos a nossa fé, é hora de respeitarmos os limites uns dos outros, de sermos cristãos de verdade, pois antes de sermos amigos devemos estar atentos a ação de cristandade, ser cristão.
Irmãos e irmãs, estejamos atentos a ouvir o “grito de socorro” de nossa Igreja, sendo ela, aquela que devemos acolher e amar como nossa mãe, não sejamos omissos e tão poucos condizentes com a realidade que nos é imposta, sejamos cristãos o suficiente para assumirmos os grandes erros, cristãos que mesmo diante de escândalos e de inúmeras problemáticas encaram com amor a Igreja de Cristo.
“E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4, 24).

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