quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Carnaval – falsidade de foliões e mais um feriado nacional.

Em poucos dias estaremos comemorando uma “grande festa”, o Brasil pára e fitaremos nossos olhares em desfiles luxuosos, em avenidas lotadas, em noites longas onde o importante mesmo é aproveitar o momento, esquecer do mundo e curtir o Carnaval.
Uma mistura de raça, encontro de etnias. Será?
Se perguntarmos para algumas pessoas, poderemos notar que a grande idéia difundida ao longo dos tempos é que o carnaval é uma festa que reúne todos os povos, nesta festa não existe diferença, o importante e essencial é se divertir. Analisando carnavais anteriores posso “afirmar” que isto é uma verdade, é comum vermos nos camarotes das avenidas mendigos, miseráveis, a classe baixa, é comum vermos autoridades e a alta sociedade das cidades reunidas em coro nas arquibancadas. Ali se concretiza os pensamentos dos foliões, a festa do povo, união das etnias e o esquecimento das diferenças.
Torna-se digno das bênçãos de Deus, porque por mais que tentemos não mudaremos essa linda “realidade”, onde nos unimos e juntos festejamos esta belíssima festa. Mas, infelizmente acordamos e nos deparamos com outra realidade, o sonho da união dos povos não existe, e esta é a cara do carnaval, aqueles que detêm poder aquisitivo vão as festas, aos desfiles, viajam e esses sim se divertem. Os pobres, que pobres? Nesta festa não há espaço para eles, afinal não se darão ao luxo de deixar de trabalhar e ganhar o pão de cada dia.
O mais engraçado de toda está realidade é que há alguns anos atrás a festa era sinal de alegria, os cristãos festejavam as vésperas da Quaresma, uma festa de autêntica alegria, os povos antigos do Egito comemoravam as boas colheitas e as terras férteis. O tempo passou aboliu-se a alegria, a caracterização positiva (danças, celebrações e manifestações populares) e hoje nos deparamos com uma festa carnal, onde se cultuam - “sexo, bebida e um bacanal”.
Nesta mesma época, e pela simples razão do que se transformou tal festa, distribuem camisinhas, investem em propagandas preventivas e para muitas o início infindável de uma gestão e/ou os crescentes números de abortos, pelo simples fato de ter no ventre uma “cagada de carnaval”.
Esta é a festa que acreditamos ser a união das diferenças, onde tudo e todos param para “somente se divertir” e logo após para a maioria começa o ano e aguardamos ansiosos os próximos feriados.

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