segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sacramentalizando

Caros irmãos e irmãs em Cristo Jesus, Paz e Bem!!! Faz-se necessário debatermos, discutirmos e nos posicionarmos seriamente a respeito de nossos sacramentos, de modo especial do nosso “santo Batismo que é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito” (CIC, 1213). É exatamente pelo nosso Batismo que nos tornamos membros de Cristo, tornamo-nos cristãos, inserindo-nos assim na Santa Igreja e assumindo junto as nossas famílias a missão que a ela (igreja) nos propõe. Tamanha é a necessidade de nos reposicionarmos diante deste indelével sacramento que a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe aconteceu, com o objetivo claro e evidente de “proteger e alimentar a fé do povo de Deus e recordar também aos fiéis deste Continente que, em virtude de seu batismo, são chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo” (D.A., nº 10). Fica perceptível a todos nós cristãos que, há uma preocupação em se posicionar novamente diante as problemáticas que surgiram no decorrer da aplicação de nossos sacramentos. Estes, em especial o Batismo, têm sido muitas vezes, de forma erroneamente, ministrados sem que se tenha preparação, catequização ou até mesmo percepção da importância de cada um deles na vida de todo e qualquer cristão que preze e zele pela fé da Igreja Católica, afinal o Batismo faz-nos membros do Corpo de Cristo, “Somos membros uns dos outros” (Ef 4,25). Vivemos de forma deturpada uma época de sacramentalidade desvairada, onde acabamos por prezar a tradição, e não nos importamos com a real essência que cada sacramento nos propõe e nos chama, a viver e vivenciar missionariamente em nossas vidas. É comum ouvirmos de alguns de nossos sacerdotes, bem como dos ministros do Batismo (formado pelos leigos e leigas de nossa Santa Igreja) que as “crianças não têm culpa do erro dos pais e não podem pagar o preço pelos mesmos”, e assim, presenciamos em muitos de nossos templos o valor que se dá a quantidade, e de forma inculta desprezamos a qualidade que o próprio Cristo nos deixa como missão, assumida a priori pela Santa Igreja, que é a de Evangelizar. Se há dúvidas em quanto essa missão, no Evangelho de Mateus podemos nos recordar dos passos de Jesus e assim adotar suas atitudes copiosamente (Mt 9,35-36). É preciso ter ousadia e coragem de assumir verdadeiramente Cristo, sem hipocrisia, sem falsear nossa fé, ou sem falsear o “ser cristão, ser humano”, e ter a ciência e a consciência de que não estamos dando as costas aos nossos pequeninos e as suas famílias, simplesmente estamos nos voltando ao futuro dos mesmos e nos comprometendo junto a Igreja e a sua família a educá-los, prepará-los e fortificá-los na fé da Igreja Católica Apostólica Romana. Enquanto cristãos, temos o dever de prezar, cuidar e guardar os nossos sacramentos para que sejam ofertados aos discípulos missionários de forma correta, copiosa e cristã. Devemos ainda nos conscientizar que é preciso nos reposicionarmos e restaurarmos na fé de Cristo Jesus, e prostrarmos diante a nossa Boa Mãe pedindo a ela que nos ensine a sermos filhos em seu Filho e a fazer o que ele nos disser (Jo, 2,5), como nos lembra o texto introdutório do Documento de Aparecida. Bento XVI quando ainda era cardeal no ano de 1996, em Guadalajara, México, nos alertou que nossa maior ameaça “é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se desgastando e degenerando em mesquinhez”, referenciado no Documento de Aparecida. Assim, é pertinente a todos, que recomeçamos a ser cristão pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que nos norteia e não por decisão ética. (D.A., nº12). “No rosto de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, maltratado por nossos pecados e glorificado pelo Pai, nesse rosto sofredor e glorioso, com olhar da fé podemos ver o rosto humilhado de tantos homens e mulheres de nossos povos e, ao mesmo tempo, sua vocação a liberdade dos filhos de Deus, à plena realização de sua dignidade pessoal e à fraternidade entre todos. A Igreja está a serviço de todos os seres humanos, filhos e filhas de Deus.” (D.A. nº 32).

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