segunda-feira, 18 de julho de 2016

A liberdade do amor, a escravidão da lei!



Como é bonito ver o amor que liberta, que faz superar toda e qualquer expectativa mediante a uma espera ou até mesmo de uma sentença desoladora. É justamente isso que a confiança em Deus nos causa e nos proporciona, a liberdade no amor.
Uma liberdade que nos coloca em espírito de oração, confiante de que Deus inclina, generosamente, seu ouvido para “escutar”, na inteireza de nossa existência, o que nosso coração e nossa alma se põem a gritar, e mesmo que se silenciem, Ele tem a disposição em acolher o que tanto remoemos e ruminamos.
Deus não esquece daqueles que confiam n’Ele, se preciso for concede um tempo a mais para que possa realizar o que planejou. Não se prende a coisas pequenas e fúteis, mas supera a nossa querência e nossos “achismos”, vai para além da lei, não escraviza e tão pouco aterroriza os seus, o que faz, o faz por amor aos que se entregam e se abandonam em suas mãos.
Um amor que faz soar no choque entre Jesus e os especialistas da Lei, de uma religião libertadora e de uma religião legalista, um choque que faz resplandecer a certeza de que Deus, em Jesus, revela se interessado no bem estar dos homens, ao invés da observância da lei sacralizada, e isso porque o amor é prioritário, supera qualquer lei, e da a ela, não a sua insignificância, ou desprezo, porque de um todo deve ser observada, mas da novo sentido, aroma diferente, sabor inigualável, um verdadeiro bálsamo de misericórdia, porque não prende, não sacrifica, não escraviza, não desfigura, mas imprime amor, entrega, doação.
Quando estamos presos a ritos e as leis, o que vemos e encontramos é uma a Igreja fechada, com as portas já enferrujadas, as traças corroendo o sagrado e a naftalina tomando espaço como incenso. O legalismo escraviza os leigos e desfigura os pastores, nos faz servos doentes, com cara de velório e descoroçoados, nos impede de sorrir e mumifica o amor, atrofia a gentileza e torna-se veneno por nossos gestos fictícios e pelo vômito de nossas palavras vazias e sem sentido.
O que deve prevalecer em nossa vivência cristã é justamente a confiança em Deus, pois Ele é Misericórdia, é Ele quem dita às regras, não somos patrões de Deus e de sua graça, não somos condutores do Espírito Santo, não somos senhores de nós mesmos e dos outros, que a exemplo de Ezequias, nos abandonemos na confiança de Deus e abramo-nos à sua inteira vontade.

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