quarta-feira, 13 de julho de 2016

Sábios e entendidos; para os pobres pequeninos - buscando o Céu

A atitude de parar, pensar e refletir às vezes custa-nos um pouco, e sabe porque? Por corrermos o risco de ouvir a voz de Deus. Sim exatamente um risco, pois escutar tal voz exige de nós um posicionamento, uma radicalidade, um sair de si, e isso é difícil, as vezes dolorido, mas é o que é preciso.
“Não nos ardia o coração quando Ele nos falava pelo caminho”, foram essas as palavras dos discípulos de Emaús, quando deram por si, quando perceberam e acolheram o Cristo. E assim acontece aos sábios e entendidos, eles sentem o coração arder, mas não são capazes de definir, de perceber e de acolher o porquê de tudo isso. Afinal estão ocupados em defender as leis, as regras, em dizer o que pode ou não pode, ocupados com as aparências, com as flores, com as velas, com a estética, com o texto bem redigido, bem proclamado, com as roupas impecáveis, com as louças, com os cristais, com isso, com aquilo...e ?!?! Quando dão por si, olham para trás, percebem que acabou. E o que ficou? Absolutamente nada.
Por isso precisamos aprender dos pequeninos, para que também nós façamos a experiência deles, que sentem o coração arder e sabem definir o motivo de tal ardume, não ficam na superficialidade, vão além, sobressaem aos sábios e doutores, que por si só mutilam constantemente a oportunidade que Deus lhes dá de fazerem a experiência do Cristo pela fé.
É preciso um abandono total as mãos de Deus, uma confiança sem precedentes...um agir no agir do Cristo, uma experiência feita a de Paulo, “não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim”! Atentemo-nos, pois, aos sábios e entendidos, são escondidas as coisas, e aos pequenos, são reveladas, pois possuem abertura de coração, abrem-se a ação do Espírito e compreendem que não pode gloriar-se o  machado, em detrimento do lenhador que com ele corta!

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